Ensino
Familiar
Harold B. Lee, Os Ensinamentos de Harold B. Lee, editado por
Clyde J. Williams, p.496
O Ensino Familiar Apropriado Incorpora uma Preocupação Real.
Se há necessidade da ministração do sacerdócio, estes mestres
familiares de sucesso estão preparados com um recipiente com óleo consagrado
para ministrar ao doente, e eles relatam prontamente sobre a doença para o
bispo. Se eles encontram condições de necessidade, alguém que precisa de ajuda
material, eles relatam imediatamente para o bispo da ala, que por sua vez
procurará verificar a forma de suprir essas necessidades. Se eles encontram um
homem que esteja tendo dificuldade com a sua família ou problemas no trabalho,
ele o relata para o bispo. Ele age como um árbitro: quando ele encontra
desentendimentos na vizinhança, entre as famílias, ou um sentimento contra o
bispo da ala ou contra algún líder do sacerdócio, este homem deve esforça-se
para ser um pacificador e ajudar para que todos os envolvidos cheguem a um
común acordo. Ele está à procura de crianças que têm mais de oito anos de idade
que não foram batizados; ele se esforça para certificar-se que elas serão
batizadas; o mesmo com recém-nascidos que não tenham sido abençoados na reunião
sacramental. Ele sempre atende as reuniões sacramentais de sua ala, e chega
cedo para poder comprimentar a todos os visitantes. Ele faz uma contagem mental
para saber se suas famílias estão frequentando as reuniões. Se acontecer de
algumas delas não estarem lá, ao voltar para sua casa, às vezes ele pára e diz:
“Eu não te vi na reunião sacramental; Eu vim ver se tem alguém doente em casa,
(...)”. Então, assim ele pode verificar se estas pessoas estão cumprindo com
seu dever.
Percebo que nas alas aonde tem sido feito um bom trabalho de
visitas o bispo dignifica o mestre familiar ao convidá-lo para participar nas
ordenações e bençãos de crianças das famílias que ele visita.
Meu tempo não me permitirá entrar em mais detalhes sobre o
assunto, mas eu sei que, quando os portadores do sacerdócio do Senhor se
comprometem a cumprir com as responsabilidades que o Senhor espera que eles
assumam, resultará em mais coisas boas, e aqueles que carecem de conselhos,
pais que imprudentemente autorizam seus filhos a frequentarem locais de perigo,
poderão ser orientados pelos sábios mestres familiares. Aonde milhares estão
negando a si mesmos as bênçãos do sacerdócio, milhares que não foram ainda
selados a suas famílias, aonde aqueles que se afastaram por caminhos proibidos,
aonde estão espiritualmente doentes, e aonde eles precisem da ministração por
alguém que se preocupa com o bem-estar deles – esse é o lugar onde deve
funcionar o mestre familiar. (43-03, p. 6)
O Ensino Familiar é Obra Missionária.
Ensino familiar então significa "cuidar da Igreja",
como descrito nas escrituras. A obra missionária nada mais é do que o ensino
familiar, mas para aqueles que ainda não são membros da Igreja, e ensino
familiar nada mais é do que obra missionária para membros da Igreja. (64-07, p.
1078)
Os Mestres Familiares Devem dar Assistência aos Pais.
O nome de mestre familiar foi dado para ser distinguido dos
mestres da ala. Quando esse nome foi sugerido ao Presidente David O. McKay,
alguns sugeriram que deveríamos chamá-los de vigilantes - "vigilantes do
sacerdócio", mas o presidente aconselhou sabiamente dizendo que seria
melhor que os membros da Igreja não pensassem que seriam detetives do
sacerdócio, mas que seria melhor chamá-los de mestres familiares do sacerdócio.
Ensino familiar, em resumo, significa considerar separadamente
cada membro da família que constitui a totalidade do lar. O ensino familiar,
diferentemente do ensino dominical da ala, serve para ajudar os pais que têm
problemas no lar em seus esforços para ensinar a sua família os fundamentos das
responsabilidades como pais, em contraste com apenas levar uma mensagem, uma
mensagem do evangelho, para toda a família. Os líderes dos quóruns têm a
responsabilidade de selecionar, treinar e supervisionar os membros de seus
grupos quanto às visitas das famílias designadas de seu próprio quórum. (67-07,
pp. 297-98)
O Ensino Familiar Eficaz é Focalizado nas Necessidades da
Família Como um Todo.
Uma das coisas que falta (entre outras) é uma verdadeira e ampla
visão do que é o ensino familiar. Inclui dar e ensinar aulas, com certeza, mas
é na verdade um senso de mordomia que vê as necessdades do lar como um todo.
Para uma viúva, cortar sua grama ou tirar seu lixo pode ser tão útil quanto uma
mensagem sobre a dignidade do trabalho; com o aumento da expectativa de vida, é
preciso lembrar-se da solidão dos idosos e procurar proporcionar-lhes mestres
familiares e professoras visitantes que serão sensíveis para ver as
necessidades deles de coisas tão simples como conversar e sua necessidade de
externar suas preocupações, que vão além de uma breve visita ou uma lição. O
Elder Spencer W. Kimball me disse ontem que ele ouviu um mestre familiar dizer:
"Já fiz minhas visitas do mês. Eu normalmente já faço todas elas nos dois
primeiros dias do mês." Mas para aqueles que têm uma noção real do que é o
ensino familiar, seu trabalho nunca termina. Às vezes, uma e outra e outra vez
ele tem que voltar a repetir essa mordomia quando a necessidade se torna evidente.
A chave para o ensino familiar eficaz jaz na habilidade dos
mestres familiares criarem uma relação com a família aonde todos se sintam
suficientemente confortáveis e as coisas práticas possam ser realizadas para
ajudar, e aonde perguntas significativas e específicas possam ser feitas sobre
as condições do lar sem ficarem ofendidos ou que sejam feitas de forma
mecânica. Essa relação pode ser construída sobre o amor e confiança, mas o amor
e a confiança são alcançados quando existe uma preocupação que vai além da
mensagem a ser ensinada, ela requer mestres familiares que conheçam suas
famílias e suas necessidades e que as atendam de forma específica e adequada.
Se tivermos esse tipo de ensino familiar, poderemos ver como a noite familiar e
o ensino familiar destinam-se a objetivos comuns e como eles podem ser
mutuamente complementares no que concerne ao evangelho em ação. (68-13)
O Ensino Familiar de Qualidade é Necessário.
A menos que haja uma melhoria constante de desempenho dos
membros da família, será preciso fazer uma cuidadosa reavaliação da qualidade
do ensino familiar e das famílias designadas para cada dupla de mestres
familiares. Foi me mostrado em minha última conferência de estaca que tivemos
94 por cento das visitas de mestre familiar, e mesmo assim houve queda na
realização das noites familiares, e também na frequência ás reuniões
sacramentais, estávamos indo em direções opostas. Há provas claras de que
estamos obtendo quantidade, mas nós não estamos obtendo ensino famliar de
qualidade. (68-19)
Os Mestres Familiares são Guardiões.
Talvez os mestres familiares devam ser instruídos de forma mais
clara sobre sua missão de cuidar e fortalecer suas famílias designadas para que
eles cumpram com seus deveres. Aí está nossa falha. Eles pensam que são somente
professores da mensagem do evangelho. Talvez seja melhor chamá-los de guardiões
familiares ou sentinelas que relatam sua mordomia para os líderes da ala.
Precisamos fazer algo para mudar a ênfase do ensino para o conceito de
guardiões vigilantes da Igreja. Enquanto não conseguirmos fixar isso em suas
mentes, não vamos alcançar o tipo de ensino familiar que obterá resultados.
(72-06)
Os Mestres Familiares Devem Fortalecer as Famílias.
Irmãos do sacerdócio, vocês que são mestres familiares, quando
vêem famílias que estão à beira do divórcio, quando vêem crianças
incorrigíveis que não tenham encontrado o seu caminho, ou pais que parecem ter
perdido o contacto com os seus filhos - irmãos do sacerdócio, vocês têm a
responsabilidade de permanecer com essas famílias e não deixá-las que se
afastem até que você tenha feito tudo dentro do seu poder para impedir esse
divórcio. (73-37, p. 101)