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sábado, 25 de junho de 2011

Eu irei e cumprirei

Quando nossos filhos eram pequenos, cada um deles tinha um hino da Primária preferido. Lembro que, ao fazermos nossas reuniões familiares, um ou outro desses hinos tinha de ser cantado para que a reunião fosse considerada uma “reunião verdadeira”.

O tempo passou e, agora, com os filhos mais crescidos, esses hinos já não fazem parte da agenda de nossas reuniões, mas a mensagem de cada um deles acabou-se tornando parte de nossa história.

Um destes hinos, em particular, tem uma mensagem muito atual, independentemente de nossa idade ou da organização a que pertençamos. É o hino chamado “Néfi Era Valente” (Músicas para Crianças, p. 64).
Era o preferido de nosso filho mais velho que, com seus cinco ou seis anos, cantava animado, pulando como se fosse um bravo guerreiro pronto para a guerra.
Trata-se de um hino muito fácil de cantar mas, algumas vezes, suas palavras não são tão fáceis de colocarmos em prática: “Eu irei e cumprirei as ordens do Senhor, pois sei que um meio vai prover que eu possa obedecer”.
Nossos chamados são um bom teste para essa mensagem. Quem já não ficou em dúvida quanto a sua capacidade, ou mesmo com falta de desejo de cumprir um chamado recebido? Não posso negar que a designação que recebi no ano passado para servir na Presidência de Área do Peru e Bolívia foi — para mim e para minha família — um bom teste da pequena e profunda frase “eu irei e cumprirei”. O retorno ao Brasil, apesar de aqui ser a nossa casa, também não foi mais fácil do que a ida. Amamos servir e conviver com aquele povo tão querido.
Servir onde, quando e da maneira que o Senhor quer de nós sempre será um bom teste de nossa fidelidade. Isso pode acontecer em diferentes situações: ser chamado para a missão; receber uma responsabilidade que não era da nossa preferência; trabalhar ao lado de quem não conhecemos; servir sob a direção de outro líder chamado em vez de um amigo nosso; aceitar uma designação que consideramos muito difícil, e assim por diante. Todas são situações nas quais podemos dar vida à letra do hino: “Eu irei e cumprirei as ordens do Senhor, pois sei que um meio vai prover que eu possa obedecer”.
Uma boa maneira de vencer esse desafio de obediência e fidelidade é fazer como Néfi fez: ele simplesmente foi. Mesmo sem saber ao certo o que ia fazer ou como venceria, ele foi, confiando que, no caminho, o Senhor lhe mostraria um meio. “E fui conduzido pelo Espírito, não sabendo de antemão o que deveria fazer. Não obstante, segui em frente (…)” (1 Néfi 4: 6-7).
Néfi seguiu em frente, mesmo tendo ao lado seus irmãos murmurando e prontos para desistir. “Mas eis que eu lhes disse: Assim como vive o Senhor e vivemos nós, não desceremos para o deserto onde está o nosso pai até havermos cumprido o que o Senhor nos ordenou” (1 Néfi 3: 15).
Ao aceitarmos o desafio de seguir adiante, mesmo sem entender todos os porquês, mostramos ao Senhor a nossa fé e confiança em Sua ajuda. Mostramos também a nossa obediência em servi-Lo onde, como ou quando Ele desejar. Tornamo-nos um pouco mais como Néfi, um instrumento nas mãos do Senhor para realizar a Sua obra.
“Eu irei e cumprirei as ordens do Senhor, pois sei que um meio vai prover que eu possa obedecer” são palavras inspiradas. Oro para que esse hino, cantado de maneira tão animada por nossos filhos na Primária ganhe vida em nosso cotidiano e traga todas as experiências que o Senhor tem preparado para cada um de nós, Seus filhos.



 Élder Carlos A. Godoy - Segundo Conselheiro na Presidência da Área Brasil (Dezembro/2009)


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